Indicando Músicas Francesas

Olá, olá, gente do meu Brasil brasileiro! Cá estamos nós para uma postagem cheia de alegria, sonoridade e uns poucos dedos de prosa sobre algo muito importante que aconteceu comigo essa semana. Antes de mais nada, gostaria de agradecer ao pessoal que comentou na postagem passada respondendo minha questão sobre a leitura do nosso novo lay, se estava boa ou terrível — a opinião de vocês sempre me ajuda muito nesse aspecto e pode deixar Snow, esse daqui eu não pretendo mudar nem tão cedo!. A "coisa importante" da qual estou falando é referente à uma passada que dei no hospital essa semana para atualizar alguns exames meus sobre aquele problema, lembram? Sim, o do meu útero. Não se preocupem, não é nada de extrema urgência! Nesses exames mesmo já consegui adiantar alguns procedimentos que vão me ajudar à levar um dia-a-dia melhor, especificamente um chamado histeroscopia. Inclusive, devo lembrar à mim mesma para nunca tomar café antes de fazer esses exames, pois dessa vez eu tomei e não pude ser anestesiada, só levemente sedada. Senti tudo acontecendo, se é que vocês me entendem. Penso se futuramente isso vai ser útil para alguma cena escatológica das minhas histórias - pois sim, não estou brincando, pretendo reaproveitar essas experiências incômodas na prosa. Apesar de tudo, esse não é o assunto do post de hoje, a nossa conversa vai ser sobre música. Música francesa, mais especificamente. Desde o começo do ano, eu venho me aprofundando mais nas mídias musicais oriundas da França, e venho me surpreendendo bastante com a qualidade das produções, especialmente falando das letras, que, à mim, parecem corresponder bem àquela classificação de "canções etéreas". Inclusive, vejo que é do tipo de termo que costuma ser confuso para muita gente responder nas tags e Liebster Awards bate na madeira da vida. Quer conhecer algumas músicas nessa língua? Segura na cadeira e segue o fio >>>

Sur le fil — Jenifer

Essa música vem diretamente do túnel do tempo. Lembro da primeira vez que a ouvi como se fosse ontem, num jogo de vestir bonequinhas das Monster High's lá no Starsue.net. Mais especificamente da Rochelle Goyle, uma das minhas favoritas. Eu passei muito tempo tentando adivinhar o nome dessa música, e eu fico triste de perceber que ela não está no Spotify, só no YouTube. Essa música é um popzinho delícia que coloca qualquer um pra cima, além de ter uma letra bem chiclete, apesar de ser em francês e muita gente não estar habituada à língua.

Vénus — Joanna

Sem dúvidas uma das músicas que mais me marcou nos últimos tempos. Aliás, música e álbum, tudo no que toca à estréia da Joanna é impecável, na minha opinião. Apesar de que para muita gente a música mais impactante seja Séduction e tem toda a razão pra ser, prestem atenção à letra, Vénus simplesmente me arrepia. "Eu sou Vênus, não sou Eva". Além disso, a melodia da música e a voz da Joanna me pegam demais. Apreciem Vénus single e álbum, por favor — essa cantora vai longe.

Balance ton quoi —Angèle

Apesar de pouca gente aqui na América conhecer a Angèle, ela rapidamente se tornou uma das maiores artistas francesas em ascensão — seja pela irreverência que ela demonstra em seus clipes, seja por suas ideologias, sempre claramente impressas em suas canções. Nesse embalo, saiu Balance ton quoi, uma música ácida sobre feminismo, bem no estilo da intérprete. Eu gosto muito do álbum de estréia dela, o Brol, que teve um repackage 10/10 ano passado. Eu, como um tanto de outros apreciadores das músicas dela, estamos ansiosos pelo que vem à seguir :)

Toi Et Moi — Paradis

O que dizer dessa obra de arte? Essa música passou um bom tempo entre as minhas mais escutadas do Spotify, tinham semanas que eu dava repeats sim, no plural diários nela. Sério, de todas as músicas que eu estou indicando aqui, acredito que o estilo de Toi Et Moi seja o mais abrangente, algo mais retrô. Apesar de que eu não seja uma grande fã do Recto Verso, álbum dessa música, devo admitir que o single é extremamente notável. E parece ter alguma conexão que eu não captei bem com a série Skam, em alguma das milhares de versões que ela teve. Se alguém aí souber do que se trata, favor informar nos comentários, eu tenho curiosidade com o assunto.

Roi — Bilal Hassani

Bilal Hassani foi um grande responsável por me introduzir nesse vício que as músicas francesas se tornaram. Ele é basicamente a Pabllo Vitar da França, e vêm expandindo seu nome cada vez mais em seu país. Sério, cada trabalho que Bilal faz sempre me pega demais. Eu tenho um respeito muito grande por suas origens (de família marroquina que se naturalizou francesa), pelo reconhecimento que ele vêm ganhando (desde 2019, quando ele representou a França no motherfucking Eurovision) e principalmente pelos trabalhos maravilhosos que ele vêm entregando. Isso fora o fato de ele ser um grande querido. Roi é uma música de aceitação, sobre dar um não às vontades alheias e sempre buscar ser coerente com o que você sente, com quem você é de verdade — arrepiante, lindíssima. Essa aqui é uma indicação que vêm do coração.

Adieu mon homme — Pomme

Falando em cantores muito queridos, eu não podia deixar de falar dessa pérola que eu encontrei esse ano, a menina Pomme. Suas canções, que sempre me deixam de cara com o quão profundas são, têm como temas principais amor e morte. Adieu mon homme é a junção dos dois, e simplesmente me arrepia o quanto essa música é melancólica. Ela me remete à uma nostalgia que não me pertence. Me incomoda de certa forma porque morte é um assunto sobre o qual eu nunca estou preparada para falar, que me faz mal só de pensar - e, por outro lado, eu não consigo deixar de escutar essa música. Passou de ser algo incômodo para ser algo que me acalma, de algum modo. E à ela eu só tenho à agradecer por trazer essa peça ao mundo. Algo interessante à se pontuar, também, é que ela é uma cantora lésbica, que costuma dizer que, embora as músicas dela sejam para todos, ela gosta de usar pronomes femininos em suas músicas e ser aberta quanto à isso; pessoas mais jovens que passam por essas questões podem se reconhecer nela, como um dia ela se reconheceu nas cantoras sáficas de sua geração. Muito válido, muito nobre, de verdade.

CANAIS DE YOUTUBE QUE SALVAM VIDAS

• — Jenifer Sad (www): além de traduzir as músicas francesas para o espanhol, esse canal começou à traduzir músicas brasileiras também; A ADM é um amor, sempre dá coraçõezinhos nos meus comentários quando eu indico músicas brasileiras;
• — Jhonny J (www): também traduz as músicas do francês para o espanhol, e costuma pegar uma variedade maior de músicas do que a Jenifer, que costuma seguir mais para o lado das músicas melancólicas/folk/das antigas.  

É isto, por hoje é só. Esse post foi mais curtinho do que eu tenho costume de fazer, justamente porque eu quero que vocês deem atenção às músicas. E também porque alguns posts um tanto massudos estão por vir aí — e eu nem estou falando da blogagem do Together, hein? Me aguardem que vêm aí. Um xero e au revoir <3