10.10.20

Fushigi Yuugi | Casar com o Husbando Fictício? Podemos!

Olá, galerinha gente fina das interwebsons! Tudo bem com vocês daí? Tudo bem comigo daqui. Os últimos dias tem sido uma verdadeira loucura, tanto que só ontem, um pouquinho antes de eu dormir, lembrei que não tinha postado na minha data de sempre (que varia entre quinta e sexta, caso você não tenha percebido), e tirei este minutinho maroto antes do almoço para entregar a postagem da semana. Esse sistema de "hush, hush" que eu estou falando se dá por duas coisas: eu ando trabalhando futuramente eu falo melhor sobre isso e lendo JoJo. Aliás, não apenas lendo, eu estou devorando alucinadamente os mangás de JoJo. Conclui minha leitura da fenomenal Stone Ocean recentemente, e estou me divertindo horrores com a maravilhosa Steel Ball Run. Penso inclusive em fazer posts falando o que eu penso de cada parte, mas isso é algo que ainda precisa passar por uma certa análise da minha parte. Em todo caso, nossa postagem de hoje tem a ver com Fushigi Yuugi, mangá tema do nosso querido layout e que, em uma hora ou outra, eu precisaria falar aqui. Faz tempo que eu escrevi esse post, e tenho uma vaga lembrança de ter citado alguns poucos spoilers aqui, mas são spoilers funcionais; do tipo que eu cito para ou fazer vocês terem interesse pela trama ou sanar certas dúvidas sobre gatilhos ou coisa do tipo. Inclusive, editando o texto e as imagens à seguir, adquiri a certeza de que eu não gosto nenhum pouco dessa nova interface terrível do Blogger. Apenas uma breve reclamação que eu precisava soltar. Assim sendo, vamos lá >>>  

DO QUE SE TRATA?

Fushigi Yuugi (Mysterious Play) é um mangá shoujo de Yuu Watase (Ayashi no Ceres, Zettai Kareshi) e provavelmente sua obra mais conhecida. O mangá foi publicado entre 1992 e 1996, totalizando 18 volumes e 106 capítulos. Sua publicação em terras brasileiras foi especialmente marcante, por ser o primeiro shoujo publicado pela Conrad, ainda que tenha sido naquele formato terrível de meio-tanko. Na trama, acompanhamos Miaka Yuuki, uma jovem colegial cujos maiores problemas eram ter de lidar com a pressão do vestibular chegando e a relação complicada entre ela e sua mãe. Tudo muda em um dado dia, quando ela vai para a biblioteca com sua melhor amiga, Hongo Yui, e acaba sendo atraída por uma força misteriosa até a ala restrita do local. Miaka e Yui acabam encontrando um livro chamado "O Universo dos Quatro Deuses", que eventualmente as transporta para o universo no qual a história daquele livro se passa, numa China antiga fictícia. Miaka descobre ser a sacerdotisa de Suzaku, um dos quatro deuses-besta, e é encarregada da difícil tarefa de reunir os seiishis, os sete guerreiros da constelação de Suzaku, para juntos invocarem o deus e pedirem pela salvação do reino de Konan, que está na iminência de uma trágica guerra. Entre conflitos à se resolver e pessoas à buscar, Miaka conhece o jovem Tamahome, um dos guerreiros de Suzaku, e os dois acabam se apaixonando. Esse romance, no entanto, vai encontrar uma série de obstáculos para poder acontecer —  isto é, não bastasse o fato da Miaka ter escolhido para husbando justamente um personagem fictício.
O AMOR CRUZA BARREIRAS ATÉ ENTRE UNIVERSOS

Para começarmos com o pé direito, permitam-me dizer que o primeiro Fushigi Yuugi é um dos meus maiores Guilty Pleasures no mundo otaku. Pois sim, não se apegue às memórias afetivas, a história tem pontos negativos que podem pesar mais do que os positivos. Quero falar deles primeiramente, pois são questões que precisam ser apontadas e comentadas com mais atenção. Lembrando: tudo o que eu pontuar aqui vai ser baseado na minha experiência de leitura e no que eu vi. Você pode ter uma visão totalmente diferente sobre, o que não invalida nem o que eu vou escrever nem o que você pensa, certo? Bom separar. Recomendo que se preparem, pois infelizmente não consegui manter minha meta mental de ser sucinta nesse tipo de postagem. Eu sei que eu falo demais, mas entendam que Lives é como uma panela de pressão: se ela manter muito pra si, vai chegar uma hora que ela vai explodir. E se eu explodir não tem mais post. Por favor, me aturem risos

1) A Protagonista. Eu já disse várias vezes que nunca mais vou julgar protagonistas de shoujos pela lentidão, lerdice ou indecisão, mas esse caso é diferente. Eu diria até que é algo digno de acionar o PROCOM por propaganda enganosa. Como? Vamos entender. A Miaka começa a história sendo estabelecida como a mocinha inocente, meio bobinha, comilona e atrapalhada, mas que sabe responder por si própria, sabe apelar pra loucuras impensáveis quando precisa a cena das marcas de vacina é antológica, de verdade, e até mesmo consegue se defender razoavelmente bem, sem abrir mão dessa essência estabanada.  Mas aí eu pergunto: o que aconteceu depois? Essa personagem se perdeu no limbo. Se apaixonar pelo Tamahome teve um efeito "lerdativo" cavalar sob ela, e que ultrapassa qualquer limite do aceitável, sabendo do que foi estabelecido inicialmente! Ela se tornou uma criaturinha bem boba que brota só pra tomar decisões estúpidas, o que é um saco de ver. Não, não é um problema ser desastrada, sentimental, enfim, ela tem entre quinze e dezessete anos, o que você espera de uma menina normal dessa idade? Ela é jovem, isso é aceitável. O que eu não aceito é que a personagem tenha sido imbecilizada totalmente depois, como se o fato de ela ser uma sacerdotisa e de ter pessoas morrendo ao seu redor não a fizesse repensar atos e decisões. Tá tudo bem eles morrerem enquanto ela ficar com o boy magia? Porque ela não aprende ao menos à usar seus poderes pra se defender dos outros seishiis? Porque ela não desenvolve sua aptidão em artes marciais? Ela já chega em Konan metendo o sarrafo em três bandidos, velho! Ela realmente precisa estar cem por cento do tempo sendo servida por seus guerreiros? Eu juro, eu pensava que ela ia ser como a Mizuki de Hanakimi - aquela personagem principal doida, que comete erros, mas que tem momentos bons o suficiente pra que você goste dela, aprecie sua personalidade e torça por ela. Mas a Miaka? Puff. Ainda assim, esses momentos do começo e raros momentos futuros de perspicácia da parte dela conseguiram fazer com que eu apreciasse a personagem em toda a sua montanha de defeitos, tanto os inerentes à ela quanto os que são culpa de Yuu Watase. Mas verdade seja dita, me falta paciência com os melindres recorrentes dela.

2) A História é uma Estrada Longa e Cheia de Buracos. Vejam bem, Fushigi Yuugi tem duas fases no mangá. Existem muitas reclamações acerca da segunda fase, e eu até concordo a pouca necessidade dela, mas consegui me divertir tanto nessa parte que deliberadamente ignoro esse fator. A adição do Taka Sukunami à história foi muito grata inclusive. A minha questão de verdade é: muito tempo foi perdido com círculos viciosos. Um tempo que podia ser aproveitado para desenvolver personagens, mas foi investido em desenganos do Tamahome e da Miaka. Sério, dos seiishis de Suzaku, apenas Tamahome, Nuriko e Chichiri detém algum carinho da minha parte, pois teve história, teve atenção por parte de autore. Mas e o resto? Eu fico espantada com o destino cruel ao qual o Hotohori, por exemplo, foi relegado. Um personagem inicialmente importante, que deveria ser a terceira ponta do triângulo amoroso da história, teve sua vida resolvida em off??? Do nada ele aparece casado com uma mulher que a gente nunca viu, a mulher já tá grávida e tudo isso num espaço curtíssimo de tempo? Tipo, quê?! Existem dois seishiis que aparecem mais pra frente na história que possuem só um fiapinho de história, e não dá qualquer razão pra você se importar com eles. Tipo, nenhuma mesmo. Em específico um que mal apareceu, vinte e cinco capítulos depois estava mortinho da Silva. Os últimos suspiros dele foram o máximo de construção que o personagem recebeu.


3) Não tinha nada pior pra usar como recurso narrativo? Vamos àquela que eu julgo ser a maior burrada desse roteiro: usar estupro como recurso narrativo, e do jeito mais furreco possível. Aqui, a coisa acontece do jeito que é dito pela palavra: ocorre um abuso sexual (nenhuma das vezes é explícito, apenas sugerido) que é utilizado como uma desculpa da trama pra ir do ponto A ao ponto B. Um spoiler grosseiro: na maioria das vezes em que os estupros estão prestes à acontecer, alguma coisa impede eles de acontecerem. Se por um lado eu fico feliz (afinal as mulheres foram poupadas de tamanho crime), por outro eu fico extremamente puta, porque parece que foi o jeito mais fácil de fazer a história ir pra frente, sabe? É realmente válido você usar isso dessa forma só por esse propósito, sendo que não se teve função crítica, de construção de universo ou sequer uma sutileza bem trabalhada? Eu não acredito que Yuu Watase romantize isso, afinal as vítimas tem seu lado e seus momentos de trauma após o ocorrido e os culpados não são inocentados de jeito nenhum, mas ainda assim, não é um aspecto bom dentro da trama.

EXTRA) O anime, porque tinha de ser o anime. O anime de Fushigi Yuugi não é terrível, mas também passa longe de ser uma boa adaptação. Em verdade, foi graças à animação que eu tive meu primeiro contato com a obra, mas por mais que eu ame Hikaru Midorikawa fazendo a voz do Tamahome, não é o suficiente para me fazer esquecer dos cortes bizarros do material original, que tornaram o que já era deficiente na trama algo só bem ruim. É triste ver que as animações das obras de Yuu Watase sempre passam por essas coisas - foi assim com Ayashi no Ceres, e também com Fushigi Yuugi. Há também os deméritos da animação, mas ei, não entendo quase nessa área, então deixo para os supostos entendidos da coisa avaliarem.


"Tá Lives, já que é tão ruim assim, o que faz você gostar tanto disso, e porque diabos eu deveria perder meu tempo com Fushigi Yuugi?". Por incrível que pareça, em meio à tanta coisa ruim no enredo, ela consegue ser muito envolvente. De verdade. Ela taca cliché, drama, romance meloso, tudo na sua cara e ainda consegue ser envolvente. Fushigi Yuugi consegue prender sua atenção, fazer com que você queira saber o destino dos seiishis e das sacerdotisas, bem como o que aconteceu com as Genbu e Byakko no Miiko, que vieram antes da Miaka e da Yui. O universo como um todo é muito bom, e a cadência dos eventos, bem como as decisões de enredo muito bem acertadas de Watase-sensei, dão aquela sensação gostosa de estar assistindo à um bom novelão, que te deixa instigado e ansioso pelos próximos capítulos. Vamos pontuar alguns aspectos bacanas? Aqui vai:
NURIKO
Se você perguntar à alguém que assistiu ou leu Fushigi Yuugi seus personagens favoritos da série, Nuriko vai estar no top de quase todo mundo, com certeza. Nos comentários dos episódios que eu assisti em inglês, vi várias pessoas dizerem que a personagem ajudou-as a entenderem melhor sua identidade, seu eu e se aceitarem como são de verdade, o que é bonito de ver, e até mesmo inspirador em certo aspecto. Nuriko começa como uma seiishi isso mesmo, no feminino apaixonada pelo Hotohori, e que maltrata a Miaka por puro ciúme no começo da história. Por ter nascido homem e usar roupas femininas, ela é destratada diversas vezes, e inserida num humor de quinta categoria digno de fazer o leitor chorar sangue. Sério, eu acho muito ofensivo. É pontual, não é o tempo todo, mas o pouco que aparece já é alguma coisa. Ainda assim, Yuu Watase deu uma boa personalidade e um bom background para Nuriko, fazendo a gente compreender melhor sua visão sobre si própria — ainda que, verdade seja dita, não tenha nos esclarecido como as coisas são. Se bem que provavelmente não precisa, mas enfim, não vou entrar nesse mérito. Nuriko se veste de mulher como uma forma de tentar superar uma trágica ocorrência de sua infância, o que passou a fazer parte de sua pessoa, parte da essência dela com o tempo. Nessa jornada com Miaka, Tamahome e os demais seishiis, ela desenvolve melhor essa visão e, do jeito que fica, podemos dizer que Nuriko é ou gênero-fluido ou non-binary. E eu atribuo muito dessa "pouca especificidade" ao fato de Nuriko estar muito ligado à visão de gênero de Yuu Watase, que assumiu publicamente ser non-binary só em 2019, ou X-Gender, termo mais utilizado no Japão. Como as pessoas que assim são dizem que essa identificação é gradativa, ou seja, não se torna da noite para o dia, acredito que é nesse processo de autoconhecimento de Yuu Watase que a personagem se encontra. E pode ser que não tenha nada a ver também, vai saber, nada sobre esse aspecto foi explicitado no decorrer da trama, estou apenas comentando/teorizando aqui com vocês. Para além de tudo isso, é algo bom de se comentar, pois se em partes o humor deslocado fez uma representatividade pouco edificante, a construção dessa identificação de Nuriko com questões de gênero é algo bem único, e que mesmo nos dias de hoje é difícil de encontrar. Unindo carisma, personalidade e boa história, acredito que lhe é mais do que justo o título de melhor personagem de Fushigi Yuugi.
O TAMAHOME
O que vou comentar agora não é consenso, pois muitas pessoas acham o Tamahome um personagem irritante. Como já disse aqui, não é meu caso. O personagem do Tamahome é apresentado para nós como um sujeito bom de briga que, literalmente, topa tudo por dinheiro. Ele gosta muito de dinheiro e chega à fazer maluquices bem exageradas pra consegui-lo. Dou destaque aqui à cena em que ele quer vender os chicletes da Miaka na rua dizendo que eles são "itens preciosos da miiko", é sensacional. Outro traço do personagem que é bem mostrado ao leitor é o amor que ele sente por sua família, seu pai e seus irmãos. Pessoalmente, acho muito bonita a relação dele com os irmãos menores, especialmente com o menino que é igualzinho a ele.  Assim como a Miaka, o fato de ele ser jovem quando a história começa ele tem 17 anos promove várias situações de extrema imaturidade, e o fato de ele ter sido criado no mundo antigo não ajuda muito também. É preciso ter isso em mente, caso contrário você pode formar uma ideia limitada do personagem. Ao contrário do abandono bisonho que Yuu Watase fez com Miaka, o Tamahome passa por uma construção interessante. Não, ele nunca vai ser do jeito que um homem do nosso mundo é, mas os traumas, tristezas e perdas de sua jornada o tornam alguém muito mais bacana e maduro com o passar do tempo. É certo que esse desenvolvimento também é prejudicado pelas enrolações desnecessárias da história, mas nada que, pessoalmente, tenha me incomodado.

SPOILER PESADÃO: TAKA SUKUNAMI. Como Fushigi Yuugi não é Inuyasha, ao final da história a nossa protagonista sequer tem a opção de escolher ficar com seu husbando literário. Ao invés disso, o destino lhe dá uma bonificação melhor ainda: Taka Sukunami, a encarnação de Tamahome no mundo real. À despeito das inúmeras falhas da segunda fase da história, eu sou completamente encantada pelo personagem do Taka. Ele é o Tamahome, mas muito mais maduro e tranquilo, além de ser mais racional e mais responsável que o Tamahome. Cada momento que esse homem abre a boca é pura poesia, minha gente! Como não gostar dele? Além disso, ele consegue ser mais cuidadoso e carinhoso com a Miaka, já que a cabeça dele não tem certas barreiras que o Tamahome tinha ele pedia a Miaka em casamento quase como se a sobrevivência dele dependesse disso.

O ROMANCE

Eu não vou julgar quem disser que o romance de Fushigi Yuugi é ruim, mas se me perguntarem, eu vou dizer que é ótimo. Para mim é ótimo. O que caracteriza um bom romance, na minha visão? Uma relação que apresente devidos atritos nas devidas proporções do não-exclusivamente-tóxico, que haja um mínimo de compatibilidade e cuja dinâmica me faça ficar investida no casal. É uma coisa bem abstrata para querer pôr em termos concretos, mas dei meu melhor. No caso de Fushigi Yuugi, acredito que o fato de tanto o Tamahome quanto a Miaka representarem o que há de mais fresco num romance adolescente me capturou, me deixou interessada. Ciúmes e inseguranças são as maiores problemáticas do casal, mas que são superadas aos poucos. O destino de seishii e miiko é a base da ligação entre eles, mas entre essa relação de protetor e protegida, um carinho à mais surge. Como poderia eu não gostar? Quando chegamos nos últimos capítulos, vemos que eles se tornaram a famosa metah de casal.
HONGO YUI
Afinal, alguma Yui no mundo dos animes que não é um saco de batatas, não é mesmo? Quem pegou a referência, pegou A Yui é uma das personagens mais legais de Fushigi Yuugi. Sendo a melhor amiga da Miaka, ela passa à acompanhar através do livro todas as desventuras da nossa protagonista e sempre tenta ajudá-la como pode. Nessas ajudas, após se deparar com um trágico acontecimento e com as manipuladoras falas do vilão Nakago, Yui acaba se juntando à trupe dos vilões de Fushigi Yuugi como a sacerdotisa de Seiryuu, motivada pela raiva, pela revolta e pelo ciúme. Ciúmes do Tamahome? Sinto por quem pensa que seja. Os conflitos entre a Miaka e a Yui são muito mais profundos e dolorosos do que apenas uma disputa por um rapaz. Chego a dizer que o Tamahome é simplesmente pego pra Cristo nesse meio. Inclusive é uma das poucas coisas na história que, à princípio, não seria possível resolver com um diálogo. Se tem uma coisa que não me satisfaz na personagem é que eu gostaria que ela fosse mais pró-ativa enquanto vilã, se saindo por cima com a racionalidade dela e sem depender da guia claramente não confiável do Nakago. Ainda assim, ela é uma das melhores coisas na história.

MENÇÃO HONROSA: NAKAGO. Pois sim, o maior vilão de Fushigi Yuugi vai ser encaixado numa menção honrosa, e eu vou explicar os motivos. Eu acho ele um vilão bacana, nojento o suficiente para ser odiado e com um passado conturbado o suficiente para que nós, leitores, entendamos porque ele é assim. No entanto, eu não acho que ele seja bem trabalhado o suficiente para ser aquele vilão canastrão icônico que toma toda a tela pra si quando aparece cofcof Dio cofcof e também não acho que ele seja o suprassumo da vilania. Ele é alguma coisa ali no meio. Ainda sim quero mencioná-lo, acredito que ele mereça.


Em conclusão, eu acredito que Fushigi Yuugi seja o tipo de história que precisa se consumir com boa vontade, paciência e sem muitas expectativas. Em meu coração é uma história muito especial, que faz parte do meu retorno ao mundo dos animes depois de um ano e meio sem ver nada da mídia, e também por ter me apresentado personagens tão maravilhosos e que eu tanto amo. Eu não tenho o hábito de reler as coisas, mas Yuu Watase já me levou para sua Konan umas três vezes, e todas as três vezes terminaram com gosto de quero mais. No entanto, sabendo das visões de Watase-sensei sobre gênero e sexualidade nos tempos atuais, além de sua maior experiência narrativa, eu acabei tomando por um desejo meu ver elu reescrevendo essa história algum dia, aparando as arestas e consertando a comédia ofensiva. Será que um dia isso vai acontecer? Quem sabe. Se foi possível para Fruits Basket ganhar um anime novo tão bom quanto está sendo, acredito que algum dia chegará a vez de Fushigi Yuugi. Até lá, eu vou aguardar aqui, no meu cantinho e por favor, ponham Hikaru Midorikawa como Tamahome de novo, eu imploro!

Prontinho, falei tudo o que eu tinha de falar nesse post. Ficou grandinho, mas acho que a essa altura isso não é surpresa pra ninguém, não é mesmo? E o melhor não é nada, até hoje eu nunca li Fushigi Yuugi Genbu Kaiden, a prequel que conta a jornada da Genbu no miiko. Como eu já li a trama principal, eu já sei como termina a aventura da miiko, mas ainda sim tenho minha parcela de curiosidade. Isso é tudo, um xero e até a próxima <3

Um comentário:

  1. Primeiro e antes de mais nada, oiê Livus!
    Tava aqui lidando com o vazio que um certo mangá deixou em mim e do nada (bem do nada mesmo) resolvi vir ler e comentar em algumas postagens suas que deixei passar, só isso mesmo, não sei como você tem andando (espero que com as pernas e que bem, piadas a parte) mas sobre aquele comentário de JoJo, como completa ignorante no assunto acho que um resumo básico ficaria meio aquém da obra, não? Essa sua ideia de ir por partes me parece bem interessante, só dizendo mesmo, o anime apareceu na Netflix mas ainda não me sinto pronta para assisti-lo :B

    Agora que coisa boa ler uma resenha sua menina, meus Deus, que saudade eu tinha de ler algo tão completinho e sincero como só você sabe fazer, e que bom e fácil é só clicar em um link, vir até o seu blogue, olhar as postagens antigas e pam é só ler - basta querer. Mas bem, falemos da postagem! Em algum momento eu devo ter dito a você que a única coisa que havia lido de Watase era O Mito de Arata e que em dado momento não consegui custear o mangá e larguei de mão mesmo, pois preguiçosa e pobre eu sou e sei lá, a leitura que tive de sua obra não me cativou o suficiente. Nesse ponto acho que o aspecto afetivo influencia muito, mesmo você lendo sem compromisso ou esperando algo (tipo eu com esse mangá que mencionei acima) algo ali pode te cativar a ponto da obra, mesmo com suas falhas lhe valer a pena (como eu me sinto com Soul Eater e Katekyo Hitman REBORN!) então, vou deixar esse título salvo na continha que criei no MAL e quem sabe algum dia eu leia, não é mesmo?

    Acredito que não há nada que uma boa resenha não possa mudar na minha cabeça.

    Beijos, Snow!

    ResponderExcluir