13.8.20

Together | Senta Que Lá Vem História

E aí, gentinha do bem?! Galerinha, aconteceu tanta coisa essa semana que eu não sei nem por onde começar à contar pra vocês. O primeiro mini-album solo do Wonho foi anunciado eu tô tão feliz, meu homem tá de volta, amanhã vai sair um single pre-release e eu sinto que vai engrenar. De verdade, eu espero que dê tudo certo. Depois de tantos meses de tormenta, é bom ver o Wonho voltar à fazer aquilo que mais ama e faz de melhor, que é música. Eu sou uma defensora ferrenha do Monsta X OT7, mas independentemente do que aconteça no futuro eu sei que meus sete filhos ainda são uma família e ainda tem um longo caminho pela frente. Estou terminando de fazer os preparativos para a festinha de aniversário do Dama de Ferro, já tenho até meu discurso comemorativo pronto e estou rezando pro meu computador não dar a louca nas próximas semanas. Rezem comigo, galerê!

Indo para um ponto de destaque dessa última semana em minha vida, após de terminar a leitura de Captive Prince esse livro é F-O-D-A, Lives cabecinha de jamelão resolveu dar uma chance à JoJo. Isso mesmo, o anime das JoJo pose. E gente, com sinceridade: foi a escolha mais acertada que eu fiz nos últimos tempos. Eu estou apaixonada por JoJo, pelas esquisitices do anime e, principalmente, por seus personagens. Estou atualmente assistindo o Stardust Crusaders, mas já posso dizer que JoJo Battle Tendency tem um lugarzinho muito especial no meu coração. "Ah Lives, mas não é o melhor enredo que JoJo tem!". Sim gente, eu sei, mas isso honestamente não me interessa. Um anime que tem Joseph Joestar, Caesar Zeppeli e Lisa Lisa não podia deixar de ser querido por mim. Inclusive estou ajeitando pra comprar os quatro volumes do mangá enquanto ainda tem. Falei demais, né? Vamos que vamos que hoje é dia de blogagem do Together >>>


O tema para o Together desse mês carrega consigo leveza e um gostinho muito bom de nostalgia. A proposta da vez pede que comentemos acerca de nossas primeiras vezes cuidado com a malícia, e segundo eu entendi, quanto mais divertido nosso relato, melhor. Olha, eu não sou a pessoa que mais fez coisas interessantes na vida, e isso chega à sinceramente me incomodar de vez em quando. Entretanto, fuçando na minha memória que não é das melhores, vale dizer encontrei duas situações envolvendo primeiras vezes que podem ser divertidas de contar. Não são exatamente histórias estrambólicas, mas atendendo ao tema proposto tá valendo. Sim'bora, então.

QUANDO EU COMECEI À LER BL'S
Ah, os BL's. Eu tenho o costume de associar minha mente aberta dos dias de hoje com o fato de ter me deparado com BL's e as viadagens-que-são-brotheragens dos animes relativamente cedo. Eu curto quando aparece um Boys Love bem feito, e apesar de não me identificar muito com o termo fujoshi, reconheço que algumas das melhores coisas que assisti dessa sub-sub-demografia veio por indicação desse pessoal. Mas muito antes de obras como King's Maker e Mo Dao Zu Shi virarem minha vida de cabeça pra baixo, eu tive algumas primeiras experiências bem curiosas com a coisa. Começando pelo primeiro BL que eu assisti, Love Stage. Faz muito tempo que eu assisti essa joça, lembro de quase nada do enredo, mas me recordo muito bem que no episódio em que rola um beijo entre os protagonistas, chegou meu pai por trás de mim, em toda a grandeza dos seus 1,55 de altura, e me flagrou assistindo. Eu juro pra vocês, eu ge-lei nessa hora. Já fui logo no "Pai, pelo amor, eu juro que não é o que você tá pensando" e ele ficou com a maior cara de pastel que eu já vi um homem ter na vida. Ele não reclamou nem nada, só deu meia volta e foi fazer outra coisa qualquer. Ele fingiu que não viu, mas hoje em dia eu tenho certeza plena que ele viu. Quando eu era mais nova, eu tinha uma visão muito intimidadora do meu pai, achava que ele ia achar ruim se soubesse que eu estava vendo essas coisas "erradas". Quatro anos depois, ele me deu "Vermelho, Branco e Sangue Azul" de aniversário, depois compramos a trilogia Magnus Chase e atualmente ele está completando a coleção dele de Druuna (é um quadrinho erótico de ficção científica, alerta de gatilho inclusive) enquanto eu começo a minha de Banana Fish. Erradíssimos eu e ele, juntos e Shallow Now

Depois eu assisti Gravitation, Doukyuusei, li mangás setentistas e oitentistas, fui pros manhwas, enfim. Eu normalizei consumir romances com pessoas do mesmo sexo, e até então eu não achava isso errado em nenhum âmbito. Mas aí veio a primeira vez em que recebi uma piadinha de mal gosto por isso. Como já disse várias vezes aqui, estudei em um colégio de freiras, que não era tão rígido quanto o nome dá à entender, mas ainda assim era um lugar que pregava o respeito, sobretudo com as Irmãs. Nossa escola era um setor separado do alojamento das Irmãs, mas ainda assim tinham alguns lugares bem próximos dos dormitórios delas. Um colega meu, à quem eu chamo de Senhor, a namorada dele e eu estávamos num lugar desses quando ele contou pra ela que eu era uma "Pervertida que gostava de ver homens se pegando". O perdoei muito tempo depois dessa bagaça, mas na hora eu fiquei sem chão, de verdade. Não vou dizer que naquela época ele estava redondamente enganado, afinal, fui adquirindo noção de certo e errado em Boy's Love com o tempo, mas ele se atrever à dizer aquilo para a namorada e em um lugar em que as Irmãs podiam ouvir foi demais. Em todo caso, isso serviu para me abrir os olhos sobre a forma com a qual eu estava consumindo esse tipo de conteúdo - eu gosto de ver casais em geral se pegando, não é porque são homens. Mas até aí é natural, pois, como já disse e reitero: mais romântica que eu só Shakespeare apaixonado. Viva ao amor, moçada!
SHOUJOS NÃO SÃO REAIS, MAS BEM QUE PODERIAM
Ainda na tônica de romance, vamos à primeira vez que Lives se apaixonou à sério. Meu histórico com romances é o mais insípido possível, já que das primeiras vezes em que eu suspeitei que podia estar acontecendo eram sempre situações em que as pessoas da turma me empurravam pra um cara com quem eu trocava uma ou duas palavras. Não era algo que partia de mim, sabe? Consigo contar três vezes que foram exatamente assim. Mas na quarta eu levei a tal da rasteira do cupido. Não vou citar nomes, mas vamos chamá-lo de Mister Panda foda que se ele ler isso vai saber na hora que eu tô falando dele. Mister Panda foi um carinha que apareceu do nada no meio do 1º Ano, já chegou chegando mostrando suas habilidades em química, física, matemática, português, em tudo que podia, e sempre mostrou-se extremamente determinado em se tornar médico beleza, agora QUALQUER pessoa que conhecer ele e ler isso vai entender meu código morsa. A primeira conversa que tivemos foi sobre livros, mais especificamente sobre Harry Potter, o que me impulsionou, inclusive, à reatar meu hábito de leitura. Conversa vai, conversa vem, percebi que ele era alguém muito fácil de se gostar - fala bem, tem opinião formada sobre muita coisa e engraçado ao ponto de tirar carisma disso. Ainda assim, uma pessoa bastante insegura, que tinha medo de não corresponder às próprias expectativas. Sério, chegava à ser engraçado quando chegava a semana de provas e ele ficava no mundo da lua 24/7.

Foi só no começo do terceiro ano que eu constatei os sintomas de paixão. Reneguei, tentei me convencer de que era só mais um, mas não. De jeito nenhum. Eu não sei o que ele pensava sobre isso, até hoje não tenho nem ideia - mas existem momentos, situações esporádicas em que eu senti uma brecha, em que um "talvez....?" surgiu na minha cabeça. Uma possibilidade pequena de que ele soubesse como eu me sentia, e uma ainda menor de que ele retribuísse, de alguma forma. Agora senta que vem história engraçada: meu pai foi meu professor de matemática durante o ensino médio todo, e num dado dia minha turma chegou pro meu pai, na cara de pau mesmo, e perguntou "Ei R., o que tu acha de Lives e Mister Panda?". Meu pai, no brilho de sua cabeça careca, respondeu: "Apoio com muito gosto!". Isso é real. Isso não é fanfic. E escrever isso nesse exato momento está sendo reviver a vergonha que eu senti nessa hora. O espírito da ema baixou em mim, e só não enfiei a cara no chão porque estávamos num terceiro andar. Eu nem sei que reação Mister Panda teve, só sei que eu transpareci tudo e mais um pouco. Só não viu quem não quis. 

Por mais oportunidades que eu tive, joguei todas fora e nunca disse nada pra Mister Panda. Podia, devia ter feito, mas não fiz. Foi nesse dia que parei de criticar as protagonistas de shoujo. Eu me afastei dele, enchendo minha cabeça com paranoias que justificassem minha covardia em só ir lá e dizer. Isso só piorou quando ele começou à sair com o povo maluco da minha turma pras festas, e eu agi como se ele tivesse se deixado corromper por essa galera, acusando e enchendo-o de erros que, de verdade, só existiam na minha cabeça. Ele não era um santo, no entanto - teve uma merda séria que ele fez com relação à uma amiga à quem valorizo muito, e isso sim eu custei em perdoar. Mas nada mudou de verdade nessa coisa chata que eu sinto, que martela a minha cabeça de arrependimentos e me faz fanficar coisas que deveriam ter acontecido. Inclusive, uso esse tópico pra pedir desculpas pelas altas expectativas que pus nele, as quais nenhuma ele pediu pra ter. E agradeço pela carta que ele me entregou numa das últimas gincanas que fizemos com a turma. Aquilo melhorou e muito meu dia, e sempre melhora quando eu a pego para reler. Foi feita ás pressas, tem alguns erros de concordância, mas é uma das coisas mais valiosas que eu tenho. Ao Mister Panda eu agradeço, por me provocar esse sentimento tão bom que ninguém antes dele conseguiu fazer, por ter me feito rir e por achar minha loucura "algo de se amarrar". Me contento com essas memórias e com o fato de que a oportunidade que eu tive terminei perdendo. Carry on, Simon...

Bem pessoal, foi isso. Como sempre, o Together proporciona essas blogagens espirituosas, que dão gosto de escrever. Sinto que abri bastante meu coração aqui, e tenho até receio de que alguém abra esse post algum dia e se depare com informações preciosas. Bem, é um risco que eu corro sempre, fazer o quê. Um xero e até a próxima <3

2 comentários:

  1. Menine, eu nunca entendi a pira das fujoshis, mas hoje eu só leio fanfics JiKook :< E a princípio me achei uma pervertida hipócrita, mas aí preciso concordar com você: a gente gosta de casal, gosta de consumir coisas sobre o ship, e não interessa muito a orientação sexual dos envolvidos né non? Se o enredo é bom e me deixa feliz, tô lendo. HUAHSUAHUSHUA!
    Rio horrores das sua interações com seu pai. Acho que se meu pai tivesse sido meu professor ou trabalhasse onde eu estudei, eu estaria socialmente morta e enterrada, socorro.
    Menine, nunca julgue uma protagonista de shoujo até ser sua vez de quebrar a cara. A vida nos ensina, hahaha!
    Ler seu relato no final do post me deu uns flashbacks aqui. Espero que em algum momento você possa olhar pra essa experiência e pra essas lembranças e só lembrar com nostalgia mesmo :)
    Beijinhos!

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  2. Eu lembro de quando meu amigo me indicou JoJo e assim, ele só me indica coisa boa, então quando vi o primeiro volume na banca, comprei. E que volume lindo caro e bem feito, hein? Odiei as páginas brancas como as odiei em Hellsing? Sim, são uma bosta na leitura mas era bonito só que, eu dormi lendo o bendito! EU. DORMI. Assim como dormia lendo Kuroshitsuji! KOREWKROWKROW E depois fiquei com vontade de ralhar com o meu amigo, pois o nome de um dos personagens era o nome dele e pra mim, ele tava dando uma de convencido QQ

    Depois disso, e de ter dado o volume para uma outra pessoa me convenci de que com JoJo eu faria o que eu mais odeio. Eu teria que ver o anime. Então vai ser mais um tempo até eu pegar esse para ver, mas confio nas suas palavras Lives!

    A vida de quem lê yaoi mas não se sente fujoshi, é tão bom ver que não estou sozinha nesse barco :') e essa sua história com o seu pai (que me fez rir alto, diga-se de passagem) me lembra muito a minha com uma amiga minha. Rolou basicamente a mesma coisa, mas no meu caso eu estava no meio de um doujin e quando ela me viu lendo ficou "então é esse os yaoi que você lê" e depois disso ela me perguntava se eu gostava de ver os cara se pegando na vida real e eu fiquei "amada, eu leio e só" - mas ela é tão suja quanto eu, já que gosta dos yuri da vida. Num geral, eu encaro yaoi como leitura mesmo, o que me vale é o entrosamento, o drama e essas coisas aí (tipo Doukyuusei que é lindo de doer e me fez nomear meu clube com o mesmo nome <3) se algum dia alguém vier me zoar por isso, eu vou acabar rindo da cara da pessoa pois todo mundo tem suas guilty pleasures também.

    Ai as paixões escolares, eu tenho a carteira de platônica nessa e deve ter uns cinco carimbos no mais porque olha, se teve uma pessoa para se apaixonar por gente de longe, essa era eu. Só caia por gente estranha e ficava nessa por mais de um ano, até a pessoa descobrir e me olhar estranho e eu tentar me esquivar (difícil numa mesma escola por sete anos), tipo a minha prima dizendo pro guri que eu gostava dele e ele ter dito que eu não fazia o tipo dele. Coisas assim QQ

    Hoje se eu encontro com esses caras pela rua, pois cidade pequena é assim mesmo, eu percebo que não sinto nada além de vergonha alheia de mim mesma pois posso não me lembrar de tudo mas vai saber o que eles se lembram, né? Por isso mesmo eu nunca gostei de shoujo, eu já tive uns cinco volumes diferentes de shoujo na minha vida e sempre que pego um para ler fico desgostosa. Só percebi que isso se intensifica com aqueles que tem trama colegial.

    Mas o seu relato me lembrou muito de algo que me ocorreu no colegial. Logo quando eu estava decidida a não me apaixonar por ninguém, alguém acabou se apaixonando por mim, ao menos é o que tudo indica pois nunca tive uma comprovação, e eu fui muito ríspida com ele. O tratei da mesma forma que as minhas paixonites me tratavam, mesmo ele sendo meu hm primeiro amigo? Eu nunca tive um amigo até ele, se bem me lembro e nós passamos por muitas situações constrangedoras juntos. Desde o pessoal da nossa turma shippando a gente a minha mãe dizendo que ele gostava de mim QQ

    Enfim, i can relate com os seus relatos.

    E dando sequencia as minhas respostas: siimmm, o icon da Yuko foi intencional ah-haha e por mais que eu entenda você querer fugir do hype com Kimetsu, devo dizer que estar nesse hype é algo muito prazeroso :') principalmente porque não me ou o tempo para participar de momentos assim.

    Mentira que você também gosta de Kekkai Sensen!? Lives, quantos títulos nós temos em comum? KROEWKROWKREOW eu realmente adoro essa série, os personagens, as músicas e a arte totalmente desleixada do Nightow. Lembro até hoje de como fiquei quando achei o segundo volume do mangá com o Zapp na capa!

    Beijos, Snow!

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