Leituras Importantes nos Últimos Tempos

Fala gente boa, firmeza por aí? Sejam bem-vindos à mais um post deste humilde bloguinho desta tão humilde autora que está lutando para não se render ao ócio. Nos últimos dias, a pandemia de aquele-trem-lá-vírus tem confinado todos nós em nossas próprias casinhas e, pessoalmente, eu não me incomodo tanto com isso. Primeiro porque sou uma pessoa caseira de natureza, então sei bem como aproveitar o tempo em casa; Segundo porque estou praticamente só em casa desde o começo do ano, então nada de novo em Valhalla para mim. O problema que enxergo mesmo é com relação aos comerciantes menores da minha cidade e similares, que estão sofrendo um bocado com isso e correm o risco de fechar, sendo que nós precisamos e muito deles.

Então é, pessoal, por favor se cuidem. A situação é séria e não é para brincadeiras.

Mas, indo ao assunto do post, hoje vamos falar sobre livros! YEAH!!! Eu gosto bastante de ler, sou uma pessoa cuja criação foi muito calcada em leitura e em escrita, e resolvi aproveitar o momento porque, na verdade, faz muito tempo que eu não falo especificamente dos livros que eu leio por aqui. E também porque acabei de acabar de ler um post da Shana em que ela falou sobre livros num pequeno momento do texto, mas que me deu o start para eu começar a escrever esse aqui. Vamos que vamos? Então vamos >>>

ALGUNS BREVES COMENTÁRIOS

Bom, então, essa parte é só para falar sobre meta de leitura, que é um negócio que pode funcionar, pode dar totalmente errado, mas comigo está funcionando muito bem. Como eu já expliquei no post anterior, muitas das minhas leituras se dão por causa do Youtube e, assim sendo, peguei deles o costume de estabelecer esse costume de botar uma meta para quantos livros eu vou ler por ano, e consegui bater minha primeira meta no ano passado, que eram de 70 livros, e eu li 75. Uia. A meta desse ano é 70 livros de novo e, caso eu passe essa meta antes de dezembro, eu vou tentar bater os oitenta. A constar: eu valorizo muito mais a qualidade da leitura do que a quantidade, levo esse número apenas como um desafio para mim, sem me apegar a ele. Isso pode deixar as leituras desprazerosas, e não queremos isso. Quero indicar também os canais de Booktube que me dão indicações muito boas, e vou panfletar novamente os canais de sempre aqui para vocês. Assistam!

• ⇒ Bel Rodrigues 
• ⇒ Ler Antes de Morrer
• ⇒ Paola Aleksandra
• ⇒ Kabook TV

QUATRO ESTAÇÕES, Stephen King

Até o presente momento, eu li apenas dois livros do Stephen King: Misery e esse bonitinho aqui. Sou fascinada por Misery e amo demais Quatro Estações, e eles são basicamente os únicos quatro motivos que ainda me fazem cogitar ler esse autor, porque tenho dito, estou bem saturada de ouvir falar dele e das adaptações cinematográficas. Não me entendam mal, amo Carrie, O Nevoeiro, À Espera de Um Milagre, até mesmo de O Iluminado eu gosto, mas simplesmente não consegui gostar de IT: A Coisa, e olhe bem, eu só assisti o primeiro filme, de quem todo mundo fala muito bem. Em todo caso, esse livro consiste em quatro contos que simbolizam as quatro estações, e que serviram para boas adaptações cinematográficas, como o caso do conto "A Redenção de Shawshank", que se tornou Um Sonho de Liberdade, e "O Corpo", que se tornou o meu amado Conta Comigo. Porque esse livro é especial? Pois, além de me mostrar o lado escritor dramático do King, especificamente o conto "O Corpo" conversa muito comigo. É sobre amadurecer, sobre amizade, e um pouquinho sobre como nós enxergamos essas coisas depois de um tempo. Ele tem sabor de melancolia, e um gostinho delicioso de juventude. É belo, é triste e emocionante, tudo ao mesmo tempo, e é isso que o torna tão especial para mim, ainda mais agora que terminei o Ensino Médio e consigo encarar de forma mais profunda o significado dessa história. Aliás, nunca superei Chris Chambers - esse moleque tem um lugarzinho especial no meu coração.

DAISY JONES & THE SIX, Taylor Jenkins Reed

Misture música, década de 1970, personagens de muita personalidade e uma narrativa documentária, além de muita, muita droga. É um resumo paupérrimo, mas que passa uma ideia mínima do que o leitor vai encarar nessa história. Daisy Jones & The Six vai contar da vez em que uma cantora groupie chamada Daisy Jones e uma banda em ascensão chama The Six se juntaram e criaram um dos maiores discos da época, o aclamado "Aurora". No entanto, a banda se separa, e anos depois, alguém decide gravar um documentário reunindo depoimentos dos ex-integrantes para desvendar os mistérios dessa separação, destrinchando também toda a problemática que foi a criação desse álbum, e é essa ideia que mais me cativa: o livro é todo escrito como se fosse uma transcrição de um documentário! A narrativa é toda intrincada a partir desses depoimentos, organizados de modo que flui exatamente como se fosse um documentário! É genial! Os personagens desse livro são ótimos, mas não porque eles são bonzinhos ou coisas mequetrefes do tipo, nada disso, eles erram, erram muito e erram feio. Se digo que foi uma leitura importante é porque, além de me fazer aprender com esses personagens tão errados, me inspirou ainda mais artisticamente falando, pois o toda a criação do "Aurora" é simplesmente mágico, sinestésico quase! Desde já digo que estou na expectativa de uma adaptação, quero Honeycomb no Spotify para ontem! Aliás, Camila Dunne também tem um lugar especial no meu coração.

O CONTO DA AIA, Margaret Atwood

Muito mais que um livro bom, muito mais que uma narrativa bem feita, O Conto da Aia é um livro transformador. É fato que os ânimos acerca da história tenham sido reavivados através da série, que eu não assisti, mas se tem Elizabeth Moss no elenco pra mim já é sinônimo de qualidade, mas o que me marcou mesmo foi o livro. Ácido, cruel, vemos toda uma sociedade ser brutalmente rearranjada após um golpe de estado realizado por um grupo de cristãos radicais. Aqui, mulheres não tem nome, não tem liberdade, e nem são mulheres - são parideiras, serviçais ou duras pastoras de um rebanho de iguais. A crueza da história assusta, ainda mais porque, apesar de se tratar de uma ficção e ter sido escrita nos anos de 1980, mantêm muita similaridade com a nossa realidade. Devemos, acima de tudo, nos apoiar, buscar tranquilidade nesse ambiente de eterna competitividade no qual somos incutidas desde cedo, e que simplesmente não tem porque existir. E o papel do homem nisso tudo? Respeito, principalmente. Não o respeito estranho que não apenas eles, mas todo mundo têm, que é um respeito extremamente seletivo e cheio de poréns e mas, mas sim um respeito de verdade, que vai além do "cavalheirismo". Acredite, você não vai ganhar biscoito só por ser cavalheiro. Aliás, isso nem é tratado no livro mas eu direi: quem se diz feminista e invalida mulheres transexuais está fazendo uma piada de extremo mau gosto, viu? Busquem mais informações sobre essas coisas, escutem as minorias, apoiem as artes que eles produzem, deem visibilidade à esse pessoal.

TODAS AS SUAS (IM)PERFEIÇÕES, Colleen Hoover

Eu não sou de chorar com histórias. Sendo bem sincera, casos como Banana Fish são raros para mim, e eu honestamente não me seguro, se eu tiver que chorar eu choro mesmo, não me importo. Com livros isso quase nunca acontece, e a vez mais recente foi com esse livrinho aqui. Colleen Hoover é uma queridinha dos leitores internet a fora e minha também, todos os livros que li dela até hoje foram extremamente proveitosos, apesar de eu ser sincera: eles são minados de gatilhos, então, quem se interessar, por favor, pesquisem antes sobre prováveis temas da obra, evitem se expor à assuntos delicados que podem lhe provocar algum tipo de sofrimento psíquico, sim? Todas as Suas (Im)Perfeições possui uma dinâmica similar ao filme "Namorados para Sempre", onde a história vai alternar entre presente e passado para mostrar como o relacionamento fervoroso de um casal de namorados se transforma em um verdadeiro engodo na vida de casados. A questão é, aqui os motivos estão relacionados, principalmente, à dificuldade da mulher em engravidar. Parece que não, mas problemas desse tipo podem sim trazer complicações para uma relação, e não é algo que costuma se resolver com uma simples conversa, ainda mais no caso da protagonista, que deseja profundamente ser mãe. Uma história triste, carregada, mas extremamente emocionante e que carrega uma bela lição ao fim.

É isso pessoal, quatro livrinhos aí. Dependendo da minha disposição, eu posso fazer um post igual para mangás, afinal, não só de livros vive o leitor sedento, não é meshmo? Obrigada por lerem até aqui, e até a próxima!