13.2.20

INFJ | Os Dramas do Meu MBTI

Olá leitores! Eu queria fazer um pequeno comentário aqui, de início (afinal início de post geralmente é sobre atualizações da autora e algumas enrolações de praxe) sobre o quão feliz eu estou de ter voltado a escrever para este blog. Eu sei que, de fato, não é o recurso da Google mais consumido ou mais utilizado, contudo esse lugarzinho está reascendendo meus ânimos para escrita, algo importante nesse momento, posto que estou desenvolvendo algumas histórias em minha cacholinha e pretendo começar a colocá-las em prática em breve! Obrigada à todas as colegas de blogosfera que sempre pediram minha volta e colocaram meu nome em suas listinhas negras (*cof cof* Hina-chan *cof cof*), vocês são fodas <3.

Em todo o caso, faz pouco tempo que terminei de ler as duas obras primas da Rainbow Rowell, Carry On e Wayward Son e meu. Deus. Como essa autora me termina Wayward Son daquele jeito?! Pra quem não sabe, essa pequena série, que até então conta com dois livros e um terceiro, Anywhere the Wind Blows, programado para este ano, é uma "versão" de Harry Potter que conta com uma maior diversidade no elenco de personagens, que contam com um casal LGBT formado pelos dois protagonistas, com várias personagens de várias etnias diferentes, além de também expandir os conceitos de "proferir feitiços", e como exemplo, as frases aqui ganham poderes pela "repetição", basicamente (um exemplo é o clássico feitiço "Siga em frente, olhe para o lado". Nunca superarei-lo-ei)

Mas indo para o assunto do post. Hoje eu vou tirar um tempinho pra comentar sobre o meu MBTI (no post explico mais sobre) e algumas coisas sobre me descobrir INFJ, bem como minhas experiências com o teste. Esse post é bem informativo, é bem interessante, e conta quase como um pequeno desabafo também, então, sem mais demoras, sigam-me os bons (e os malvadinhos também, why not?) >>>>

O QUE É MBTI?

De forma resumida, o MBTI, ou ainda Tipologia de Myers-Briggs, se trata de uma forma de caracterizar personalidades, conseguinte sua forma de agir, pensar e seus gostos, em alguns padrões, relevando algumas características principais: Introvertido ou Extrovertido, Intuitivo ou Sensorial, Racional ou Sentimental, Julgador ou Perceptivo e Assertivo ou Cauteloso (alguns testes não incluem a avaliação dessa última dicotomia, ou seja, desta classificação entre dois termos), que, organizados em siglas, formam uma tipologia específica. Foi um teste idealizado por uma mãe e sua filha que, apesar de ter sua validade amplamente discutida no meio da psicologia e relacionados, é utilizado geralmente para guias de carreiras, afinal cada tipo possui uma lista de profissões ideais, baseados nas preferências. É bom alertar que, apesar do teste enquadrar o indivíduo numa tipologia, não quer dizer que a pessoa segue o esteriótipo daquela tipologia. Do tipo, você pode ser enquadrada como uma pessoa introvertida, mas você pode não ser tímido, pode não ser retraído, ou ser enquadrado como sentimental e ser uma pessoa com características bem marcantes do lado racional. É algo variável, no fim das contas.

Na internet, o MBTI faz bastante sucesso por conta da identificação das pessoas com personagens, autores e até mesmo figuras históricas que possuem mesma tipologia. Confesso, é muito divertido observar que, de vez em quando, personagens que você gosta muito tem a mesma tipologia que você (no meu caso, por exemplo, tem a Elsa de Frozen, o Midoriya de Boku no Hero, o o Dumbledore de Harry Potter, entre outros). Para finalizar essa introdução, deixarei links utilitários abaixo:

  • POST DA ANY SOBRE MBTI. Aqui a nossa querida amiga da blogosfera vai esmiuçar um pouco mais sobre cada tipologia para quem quiser compreender mais um pouco do que introduzi aqui;
  • TESTE DO 16PERSONALITIES. Esse teste é o mais confiável que já fiz quando o assunto é tipologia MBTI, pois além de incluir as características Assertivo ou Cauteloso, ele também oferece um guia bem explicado de cada personalidade e estabelece porcentagens para cada característica, baseando-se em suas respostas (reforçando a questão dos esteriótipos que comentei no começo).
  • MBTI DATABASE. Como esquecer da parte mais divertida da brincadeira? Assim que ver seu tipo MBTI, chegue aqui no MBTI Database e confira os personagens da sua tipologia (é capaz dessa simples pesquisa lhe trazer muitas surpresas!).
MINHA RELAÇÃO COM O INFJ

Então, vamos lá contar um pouquinho de minha relação com o MBTI. Eu já fiz esse teste várias vezes desde que o conheci pela primeira vez (com o mesmo post da Any que linkei pra vocês). Um fato interessante a aprender com o MBTI é que o resultado muda muito conforme o indivíduo vai envelhecendo, mas chega em um ponto onde, apesar das taxas de variações mudarem, o teste vai lhe dar uma mesma tipologia. Comigo, a primeira tipologia que deu (fiz o teste pela primeira vez com 13 anos) foi "O Executivo, ESTJ", a segunda vez, com 15 anos, foi "O Arquiteto, INTJ", e a última, com 16 anos, foi "O Advogado, INFJ-A". Fiz o teste novamente esse ano e deu INFJ outra vez.



A questão é, das outras vezes, a melhor coisa que tinha com os resultados anteriores era mais sobre os personagens que faziam parte da tipologia do que por algum tipo de identificação.  E também porque, quando eu estava dos meus 13~15 anos eu levava muito em conta o aspecto racional, como se ser emocional fosse algo errado, algo ruim, então todas as minhas respostas eram pautadas em me convencer de que eu era extremamente racional, o que era bem inverossímil. Ao me encontrar na leitura, e balancear o que eu absorvia das mídias literárias com o restante das mídias que eu gosto, eu percebi que eu tenho um lado sentimental aflorado, e que isso não é ruim, pois ao deixar esse lado sentimental em equilíbrio com meu lado racional, minha percepção das coisas mudou significativamente - foi como se, de repente, muita coisa fizesse sentido pra mim.





E não só isso como eu me permiti mais a partir desse ponto. Me permiti chorar por personagens fictícios e pessoas que eu gosto. Me permiti rir de forma escandalosa, porque porra, eu estou feliz e eu quero que essa felicidade exploda, que ela brilhe. Me permiti soltar palavrões, mas sabendo do peso figurativo deles, sem nunca me valer de xingamentos como forma de ataque. Aprendi que falar é um dom, mas ouvir o lado do outro e ajudar as pessoas é uma dádiva. E eu juro, quando assimilei isso tudo, até minha saúde melhorou, porque desde que casei meus sentimentos com minha racionalidade (melhor casal, aliás), nunca mais tive crise de gastrite, aprendi a seguir as coisas no meu ritmo, nunca me cobrar de mais ou de menos no cotidiano ou na escola - enfim, muitas maravilhas.

As reflexões sobre meu MBTI, no entanto, não trouxeram só pontos positivos - afinal, constatei defeitos também que me tiram um pouco de tempo, de vez em quando. Primeiro, eu realmente não gosto de falar muito da minha vida pessoal para os outros (em certos aspectos mais do que outros), e isso não é algo inerente a mim, mas sim fruto de algumas experiências frustradas com desabafo. Eu desaprendi à desabafar à força de tanta decepção que isso me trouxe, e honestamente, tenho bastante receio do que isso pode trazer futuramente, mas, por hora, estou seguindo. Segundo, eu tendo a remoer muitos pensamentos que não me fazem bem. É como figurado por John Green em Tartarugas até lá Embaixo: uma grande espiral que vai se afunilando e se afunilando. Eu tento lidar com esse tipo de coisa não pensando muito sobre coisas que me incomodam ou me tiram da zona de conforto, me ocupando com estudos ou com o dia-a-dia (mas não me renegando os pensamentos, importante destacar). Eu batizei esse meu costume de "A Maldição do 'E Se...'", não recomendo pra ninguém, aliás.

Talvez eu esteja levando muito a sério essa questão de ser INFJ, mas fato é que desde o momento em que aceitei que esse resultado era o mais coerente com a Lives de 16 anos, eu compreendi melhor algumas coisas sobre mim - coisas importantes, como ressaltar valores em mim que eu tinha vergonha de admitir e reconhecer meus defeitos, não para entrar em conformidade com eles, mas sim para administrá-los e tentar combater os mais chatinhos. Foi esclarecedor para mim, e um esclarecimento necessário no período que encaro agora, onde cada dia é um teste às minhas capacidades.

Esse post foi mais uma conversa que tentei fazer com vocês, espero que tenha feito sentido. Obrigada por ter lido até aqui, e ter tido paciência com meus pensamentos (eu tento me fazer entender, na maioria das vezes não tenho certeza se consigo). Tchauzinho e até a próxima...

Um comentário:

  1. Nhoi Lives!

    Sou suspeita. Acho esse teste um saco, o uso dele totalmente indevido, mas já cansei de criticar esse teste pela blogosfera a fora. O uso dos testes é pra momento diagnóstico, e minha categoria está há ANOS tentando lutar pra que as pessoas parem de usar esses resultados como um rótulo, uma identificação, uma classificação. Testes projetivos e de personalidade só servem pra você decidir como vai levar um caso e o que é mais necessário nesse contexto - mas no fim o MBTI é só a versão científica da astrologia, ou dos tipos sanguíneos, ou qualquer outra coisa que você queira usar pra encaixar as pessoas em padrões e pensar que sabe lidar com elas.

    Enfim, sem ser a tia chata.

    Acho que a única coisa para qual isso pode vir a ser útil é justamente fazer as reflexões, principalmente se você percebe o quão diferente o resultado fica se você faz o teste novamente. Isso sem falar que como você mesma notou, a gente "tendencia" o teste a dar a resposta que queremos. É tipo aqueles do buzzfeed: se eu quero ser a princesa disney Ariel, eu respondo tudo com música a amor pelo oceano e pelo mundo lá fora, e pum!, deu o resultado que eu queria. Testes são muito facilmente manipuláveis, então tem muitas psicólogas que evitam usar justamente porque, se não tem propósito, é um gasto desnecessário de tempo e dinheiro (pensando que pra comprar testes no BR você precisa colocar seu registro, e uma caixa de um teste pra medir faculdades cognitivas tá 6000mil golpinhos... risos)

    De qualquer forma, acho que entendi o foco do post como pensar na nossa evolução e crescimento - ninguém é estático e ter algum registro dessas coisas faz a gente perceber o quanto vamos amadurecendo. Eu percebi mesmo que você anda nessa vibe de se conectar e sensibilizar mais com as coisas, por assim dizer, e espero que a experiência seja potencializadora pra você <3

    Por fim, mil perdões por mal comentar no seu blog - não que eu comente muito nos outros, mas veja bem, HUAHSUAHSUHAUS! Fiquei imensamente feliz com sua volta à blogosfera e sinto não poder incentivar mais a sua permanência </3 mas adoro seu blog, btw ADOREI O LAYOUT NOVO, gostosinho, bem clean, adoro azul, sou suspeita HUAHSUAHSUHAUSHUA

    Beijo!

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